Jardim é vida!

Eu sempre adorei jardinagem. Praticava desde criança juntamente com minha mãe, que é uma grande apaixonada por plantas, dessas que passa horas cuidando dos vasos, fazendo novas mudinhas, cuidando das raízes e retirando folhas secas. Aprendi muita coisa sobre planta com ela e com papai, que também gostava de plantar e cuidar de uma horta que tínhamos em casa. Aliás, a profissão dele era agricultor, já teve engenho de cana de açúcar e sem dúvida alguma, era isso que ele amava fazer na vida. Mexer com terra e plantação.

Herdei dos dois esse amor e necessidade de ter plantas e cuidar delas. Tanto que, depois de um tempo, decidi fazer um curso de paisagismo e entender mais sobre a parte técnica de um jardim. Fiz dois cursos maravilhosos, um no CEPA – Centro de Pesquisas Paisagísticas e outro no SENAC Recife.

Acho que as plantas possuem poderes mágicos e conseguem energizar positivamente um ambiente. Basta um vasinho com flor pra mudar o astral da nossa casa, de um escritório ou da empresa.  Acredito mesmo nisso.  E eu sou dessas que fala com as plantas, que desabafa quando tem um problema e até conta as loucuras, assim, como quem conversa com a melhor amiga, sabe? Pronto. Eu abraço minhas plantinhas quando vou viajar. Peço que não fiquem sentidas e não morram e que cuidem da energia da casa.

Já chorei abraçando árvore de tão emocionada que fiquei. A Praça da República, em Recife, tem um Baobá que me deixa assim, emocionada e feliz quando abraço.  Quem quiser me ache doida, louca de pedra. Mas eu consigo sentir a energia de uma árvore e quando eu a abraço me sinto bem de verdade, mais saudável, mais revigorada de corpo e alma.  Lembro que quando visitei o cajueiro gigante em Natal- RN, abracei o tronco dele e nem me importei com a quantidade de gente que estava por lá. 

Paisagismo é mais que profissão ou terapia. É tratamento de alma. Dá trabalho cuidar de um jardim? Um pouquinho. Mas é tão gostoso ver a natureza se impor, tomar seu rumo natural. É tão grandioso testemunhar uma semente crescer, florescer e muitas vezes frutificar.  No pequeno jardim que fiz na casa que morei no Janga, misturei flores e frutas. Adoro o sabor doce do meu Sapoti, que tem nome, viu? É... Eu dou nome para minhas plantas. Acho lindo o colorido que o pé de acerola confere à paisagem, além do sabor e benefício que a frutinha nos dá. Gosto da visita dos beija-flores e das muitas borboletas ao Jasmim, que é quase da altura da casa. Jardim é isso pra mim. Vida, saúde e aconchego.