quinta-feira, 30 de outubro de 2014

E depois de tudo... Nada mudou!



Depois de tantos protestos e manifestações de insatisfação da péssima administração pública de um governo federal ausente e corrupto, depois de tantas conversas em roda de amigos sobre a bandidagem, de tanto compartilhamento nas redes sociais sobre as dezenas de escândalos e denúncias de desvios de dinheiro e revolta com tanta impunidade, depois de elegerem o Joaquim Barbosa herói nacional e clamarem por justiça, punição e blá blá blá... O Brasil segue. Segue e-xa-ta-men-te-do-mes-mo-jei-to!!!!

Pra mim, não houve eleição. Nada mudou! E o pior! Nada vai mudar pelos próximos 8 ou 12 anos, uma vez que o “Rei Lula” já sinalizou que vai candidatar-se em 2018 e a monarquia petista reinará impune por um longo tempo. Chamam isso de democracia, eu chamo de burrice (burrice nossa, tá?) porque pra quem tá mamando a coisa tá uma maravilha. Esse governo atual soube fazer "marketing"... Eu ficava estarrecida quando ouvia o povo na rua dizer que “ruim por ruim, deixa como tá”. Pelo amor de Deus! Aliás, quem quiser me condenar, condene, mas no dia da eleição eu orei e pedi ao bom Deus que nos libertasse dessa Dinastia Lulista, assim como libertou o povo sofrido do Egito lá nos tempos do faraó, mas o tal do Livre Arbítrio prevaleceu e a maioria escolheu a reeleição do governo ruim e corrupto. Houve também um número expressivo de votos nulos, brancos e justificados... Mas entre o ruim e o talvez, permaneceu o ruim. Parece que o medo foi maior ou sei lá!

Esse ano, assisti todos os debates e vibrei com muitas propostas. Assisti horário político, tive nojo de um monte de coisa cuspida nas propagandas eleitorais. Ouvi o plano de governo dos candidatos para Presidente, Senador, deputados e governador. Vi gente amiga brigando por facebook, li muita besteira escrita por gente que nem nascido era em governos passados, por gente que nem jornal assiste ou lê. Vi muita ofensa, li muita bobagem...  Saí das urnas satisfeita com minhas escolhas e pela primeira vez, com a sensação de dever cumprido. Não votei pensando em mim, mas naquilo que seria melhor para o país que vivo, o real país que vivo. Não sou dona da verdade, mas cega, eu não sou.

O resultado final resultou em um país dividido. Metade da população incrédula e triste, metade satisfeita e feliz. E aí aquela história, já antiga, de dividir o país em dois, de passar um muro entre o Brasil e o nordeste e blá, blá blá, voltou novamente, com força e muita violência nas redes sociais... Na boa? Sou pernambucana e esses comentários não me ofendem, mas me assustam. Eu fico imaginando na guerra territorial e política, exponencialmente violenta que enfrentaríamos. Uma “Israel-Palestina” tupiniquim, sem vitoriosos e sem necessidade alguma de tanta baixaria.

Aliás, falando em vitoriosos, eu fiquei chocada e triste, quando vi um monte de gente na rua, comemorando e cantando feliz da vida a vitória da atual presidente e “Rainha de Sabá”. Gente do céu! Que coisa lamentável e vergonhosa!!! Comemorando o quê mesmo?? Olha... Beleza se seu candidato ganhou, mas NÃO há o que comemorar!!!

Somos um país atrasado, com muita gente vivendo na miséria, mesmo que muitos defendam que o bolsa-esmola tenha tirado milhões da pobreza. Basta andar no interiorzão dessa pátria nada gentil, pra enxergar que o povo tá jogado na miséria, sendo manipulado de tudo o que é jeito para gerar voto e garantir reeleição de político corrupto. Nem precisa ir tão longe...  Vai num hospital público... Vai constatar a beleza de saúde que temos. O povo reclama do atendimento de médicos e enfermeiros, que atendem mais de 200 ou 300 pessoas por dia, em plantões conturbados, cheios de ameaças e sem material e nem medicamentos, querendo que façam milagres, enquanto não há condições decentes de trabalho e por consequência, dignidade ao paciente. Nesse país onde o transporte coletivo é uma lástima, lotado e velho, onde as estradas e ruas são esburacadas e perigosas, onde as escolas estão caindo aos pedaços e não há investimento em qualificação de professores e nem salário, onde a segurança pública NÃO EXISTE, onde nossas Forças Armadas estão abandonadas e sucateadas, com salários vergonhosos, onde a inflação voltou valendo e o crescimento é ZERO, eu fiquei pasma em ver essas cenas de gente bebendo e dançando comemorando a reeleição.

Não há o que comemorar. EU lamento profundamente não poder sonhar com as mudanças, mínimas que fossem, mas suficientes para encher de esperanças um futuro, que nesse momento vejo escuro e deprimente, incerto e indicando uma grande crise econômica, mais caótica do que já está. Eu não posso desistir do Brasil, pois é aqui que moro, porque se a oportunidade de morar fora batesse na minha porta, eu iria sim. E essa é minha opinião sobre tudo isso...

sábado, 4 de outubro de 2014

E agora, Gigante?



Ano passado, uma multidão foi às ruas clamando por “dias melhores”. Em todo o país, manifestações quase diárias, transformaram a rotina da gente. A coisa toda começou com um grupo protestando pelo aumento de passagens e de repente, Boom! Uma porrada de gente resolveu protestar também e era sobre tanta coisa e sobre tudo que o que podia ter sido arretado de bom, perdeu a força que prometia sacodir Brasília. Lembro que eu tinha que programar meus horários de acordo com os horários das passeatas porque além de reivindicar, a multidão congestionava transito, fechava comércio, lotava ônibus e uma pequena maioria, quebrava tudo. Foi Punk! Mas foi válido, afinal, o povo estava acordando e gritando que estava cansado e de saco cheio dessa zorra toda.

Diante de tanta indignação e revolta, eu jurava que no ano da "Copa das Copas", onde o nosso rico dinheirinho era empregado em "melhorias e coisas tais" para um desenvolvimento sei lá do quê, que o evento futebolístico traria ( um bando de gente ficou rica pra caramba, menos eu, !)  o negócio iria pegar fogo, mas o que vi foram uns gatos pingados berrando para a polícia e parte da imprensa. Daí, achei que a chapa iria esquentar quando as campanhas políticas começassem. Torci para uma grandiosa mobilização lembrando aos "esquecidos" todo o barulho feito em 2013 e a necessidade de um voto honesto, já que a política nem sabe o que é honestidade... Que nada!

Não teve mais protesto, não teve mais passeata, não teve mais manifestação de nada, embora as denúncias de corrupção continuasse. Tudo o que eu achava que iria acontecer, aconteceu, ou seja, nada! Eu escrevi aqui, que não acreditava nesse papo de gigante acordado e sabia que nada mudaria no país. E não mudou. Não houve aquele "sacode" na memória do eleitor, não houve multidão lembrando pra candidato que a gente cansou desse jeito babaca de fazer guia eleitoral. Não mostramos foi nada...

E aí, o dia das eleições chega assim, morno... Quase gelado! Não para os candidatos, esses devem estar fazendo seus cálculos e olhando estatísticas e pesquisas e quem sabe até batendo um bombo. Mas chegou frio pra nós! A parte mais interessada da história não gritou, não esperneou e nem apontou dedo pra mostrar que a gente tá cheio de tudo. A parte interessada ficou igual torcida de time de futebol. Uma parte torce por um. Outra parte torce por outra. E tal qual torcida organizada de futebol, veste camisa padronizada do seu "time", compartilha milhares de zoeiras e fotos nas redes sociais e só falta brigar em praça pública em defesa de "seus partidos", defendendo com unhas e dentes seus candidatos, praticamente santificando o dito cujo. Infelizmente, o eleitor esquece que para mudar o país, deve-se honrar apenas 1 bandeira.

Atualmente, vivemos uma monarquia e pelo visto ela vai continuar. O Brasil deixou de ser república e encontra-se perdido e cada vez mais sugado, sucateado, vendido e doente. Manter um mesmo governo, um mesmo partido por 12, 16 anos e sabe-se lá por quantas décadas mais, mamando nas tetas fartas dessa nação de brasileiros pagadores de altos tributos, mandando e sambando na cara da gente é de uma cegueira vergonhosa.

Dos candidatos ao governo, na minha sincera opinião, nenhum merece o cargo de presidente. Eu vejo despreparo, arrogância, corrupção e muita cara de pau, mas continuar nessa mesmice, nessa pasmaceira toda é que não dá mais! Eu não sou otimista quanto ao futuro. Esse colapso estrutural que o país se encontra, resultado da incompetência e corrupção só vai piorar. Memória curta, cegueira, comodismo e egoísmo são a marca da maioria dos eleitores brasileiros.

O gigante que berrou aos quatro cantos que havia acordado foi um marqueteiro de quinta. Voltou pra cama com o rabo entre as pernas e hoje bate palma pra político sacana. Amanhã vamos eleger um bando de gente que fala bonito e pouco faz ou vamos mandar para um segundo turno. Mas a certeza de que nada vai mudar e que no próximo ano teremos a mesma senhora com cara de raiva e impaciência, no poder da nação, elevando cada vez mais a inflação e reduzindo nossa feira no final do mês, me dá uma vontade de ficar em casa, assistir um filme e mandar o meu “Exercício de Cidadania” pra PQP.

Mas não dormiria tranquila deixando de tentar fazer algo para mudar meu destino nessa terra e por isso, amanhã lá vou eu... Votar e passar o dia inteiro ouvindo tudo quanto é noticiário ou rede social especulando sobre “quem vai vencer as eleições”... De uma coisa eu sei, seja qual for o resultado, não seremos nós, os brasileiros. Engraçado que o intuito (penso eu) seria que os vencedores de verdade de uma eleição fosse o povo...